Em primeiro momento, parece tratar-se da capacidade de se fazer qualquer coisa. Porém, prefiro chamar esta capacidade de livre-arbítrio. Liberdade, penso eu, é uma condição de momento. Você possui ou não. Livre-arbítrio, a gente nasce e morre com ele. Liberdade, não. Escravos nasciam com livre-arbítrio, mas sem liberdade. Podiam ou não fugir de seus donos, correndo o risco de serem resgatados e torturados até a morte. Mas, ainda que não fossem pegos, liberdade não teriam. Livre-arbítrio, sim. Este dicotômico paralelo entre o “devo” ou “não devo fazer” é que se chama livre-arbítrio. Liberdade envolve dois outros pólos: Posso ou não posso. Por outro ângulo, a palavra liberdade, tão mal compreendida por nosso tempo, aliada a uma outra palavra que é “responsabilidade”, igualmente escassa em sentidos, teria sua expressão bem mais contundente e eficaz. Para você, que possui liberdade, responsabilidade é o remédio e a prevenção. Se estou dirigindo em uma estrada na qual sinto não haver limita...